quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A memória de um fotógrafo

"E eu escrevo, deixe-as, sempre quero ver essas fotografias que contam nossa história, nosso presente, nosso passado, nossos amigos, e pessoas que habitam nosso mundo, porque elas assumem uma importância fiel na minha memória. O detalhe de uma criança, um homem, uma mulher, um casal, uma paisagem na cidade, no campo, na praia, uma briga, uma revolta, um barco, um rio, um animal, uma janela, uma construção, um trem, um objeto, um nu, enfim, tudo que nos cerca e nos acompanha pela vida toda. Esses momentos são maravilhosos e fiéis à minha memória. Por favor, de uma saudade na memória de um fotógrafo, não faça um historiador."
© German Lorca

2 comentários:

Anônimo disse...

Qual é o nome desta obra?

Meg Rodrigues disse...

Oi Zaiper,

German Lorca parafraseando as palavras impressas no livro de poemas de Paul Géraldy, "Toi et Moi". No poema de Géraldy: "Leve-as! Não quero ver essas fotografias que falam de nós dois, que contam nossa história."
Lorca escreveu o contrário: "Deixe-as, sempre quero ver essas fotografias..." (Eu e Você).
Ele havia decorado o poema de Géraldy para recitá-lo diante das suas futuras paixões.
Copiei o texto do catálogo da exposição "Fotografia como memória", editado pela Pinacoteca do Estado de São Paulo (2007).
Foto: aeroporto de de Congonhas, 1965.
Um abraço