sábado, 26 de janeiro de 2008

Fotojornalismo (7)

"A realidade da guerra no Líbano, a realidade ela mesma está na fotografia. Não pode estar alhures. Se o receptor da fotografia for para o Líbano ver a guerra com seus próprios olhos, estará vendo a mesma cena, já que olha tudo pelas categorias da fotografia. E para que fazer tal viagem, se a fotografia lhe traz a guerra para sua casa? O vetor de significado se inverteu: o símbolo é o real e o significado é o pretexto. O universo dos símbolos (entre os quais, o universo fotográfico é dos mais importantes) é o universo mágico da realidade. Não adianta perguntar o que a fotografia da cena libanesa significa na realidade. Os olhos vêem o que ela significa, o resto é metafísica de má qualidade." © Vilém Flusser
Foto: © Stephen Bulger

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, de domingo Mag,

Não falarei sobre a guerra...

O contraste da ação em 1° plano, capturado de forma dramática, da mesma forma que se tenta retratar uma cena de ação em uma revista em quadrinhos, com o prédio branco desenhado em linhas tênues formam um conjunto...um conjunto...um conjunto...um conjunto...

Um conjunto.

Anônimo disse...

Ah faltou a despedida:

um beijo.

Meg Rodrigues disse...

Oi Luis,

Tudo bem?
Eu também não vou falar da guerra, mas seria bacana discutir o que o Vilém quis dizer. Esta fotografia relativa ao Líbano, vale para todas as demais fotos de guerra. A fotografia não a transmite, é ela a própria realidade.
Um conjunto? Sim, a imagem está carregada de um conjunto de valores. Um conjunto arquitetônico? Sim, e as janelas fechadas no sentido de superfície também tem o seu significado. Um conjunto? Sim, de elementos que se relacionam e um precede o outro e pode suceder o precedente.
Obrigada,
Beijo