sexta-feira, 11 de abril de 2008

Fotografar / Visionar

O que Rimbaud pede à poesia: não a produção de belas obras, nem a resposta a um ideal estético, mas que ela ajude o homem a ir a algum lugar, a ser mais do que ele mesmo, a ver mais do que ele pode ver. (Carta do Vidente)
"Tudo se passa como se, perante a imagem fotográfica, a visão empírica se desdobrasse numa visão onírica, análoga a isso que Rimbaud chamava de vidência, e não de todo estranha ao que as videntes chamam ver uma segunda visão, como é costume dizer-se, uma visão que, por último, viesse revelar as belezas ou segredos ignorados da primeira. Certamente não foi por acaso que os técnicos sentiram a necessidade de inventar, para preencher a insuficiência do verbo ver, o verbo visionar." © Edgar Morin
Foto: © Izis

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