Nobuyoshi Araki chamou a atenção da crítica como sendo talvez o fotógrafo mais inovador, produtivo e ousado do Japão. Graduado em fotografia e cinema pela Universidade de Chiba. Em 1963, começou a trabalhar para a agência de publicidade Dentsu. Araki tem mais de 200 livros publicados no Japão e no exterior. No início de sua carreira produziu uma série de livros usando uma fotocopiadora, enviados para seus amigos e pessoas selecionadas aleatoriamente na lista telefônica. Yoko my love, publicado em 1978, um diário em torno das fotografias de sua esposa Yoko Araki (entre 1968 e 1977). No prefácio, declarou que o ponto de partida de seu trabalho como fotógrafo foi o amor, tendo Yoko como espelho de si mesmo. Antes, em 1971, foi publicado seu livro Sentimental Journey, um retrato íntimo de sua lua de mel. E, em 1990, Winter Journey, fotografias dos últimos dias de vida de Yoko.
Em quatro décadas, Araki foi dos primeiros fotógrafos a explorar uma narrativa visual aparentemente proibida: sexo e morte. Em várias ocasiões, a polícia suspendeu mostra de fotos e Araki foi preso. Um tabu, a julgar pelo efeito “fora de foco” nas gravuras Shunga, reproduzidas no site da Fundação Japão, presentes desde o início do período Edo (1603 a 1868), considerado a primavera da arte erótica no Japão. O trabalho de Nobuyoshi Araki colocou-o na vanguarda como o artista influente da nova geração de fotógrafos japoneses.
Fotos: © Nobuyoshi Araki (http://www.arakinobuyoshi.com/)
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