Guy Veloso
O trabalho de Guy Veloso começa por investigar as mais diversas manifestações de fé e de fanatismo religioso. Desde o início foi um exercício constante para encontrar o meio de expressão. As artes plásticas lhe deram uma visão considerável da cultura popular brasileira. A busca pessoal pelo místico, o transcendente, o caminho de sua temática: "Penso que quanto mais conhecer o assunto, melhor a minha interação com o objeto fotografado. Quero chegar mais perto e possível dos personagens de minhas fotos, porém, com respeito, sem “invadir” o espaço da pessoa ou mesmo atrapalhar as cerimônias". A captação das imagens, iniciada em 1998 - feita exclusivamente com câmeras analógicas -, envolve um complexo estudo prévio e exaustivas negociações com grupos religiosos fechados ou até mesmo de caráter secreto (alguns foram pela primeira vez documentados). Registrando na própria luz natural de cada lugar a matéria impressionante de seu trabalho: "A diversidade da cultura de um país imenso, riquíssimo e tão carente. A cada viagem, a cada pesquisa me surpreendo com um povo criativo e resistente. E com a pouca valorização ou desconhecimento desta cultura, vem sempre à memória (como cito no catálogo da exposição “Entre a Fé e a Febre”) um trecho da música de Maurício Tapajós e Aldir Blanc: “O ‘Brazil’ não conhece o Brasil. O ‘Brazil’ nunca foi ao Brasil". A sua fotografia é o efeito, em seu desejo, de descobrir o "outro". Muito de acordo com o que vem acontecendo em sua carreira, Guy Veloso é convidado a expor parte de seu ensaio "Penitentes" na 29ª Bienal de São Paulo.
Fotos: © Guy Veloso (Moças se preparam secretamente para a “Procissão do Madeiro”, ritual em que, ora iniciado, são obrigadas a esconder o rosto com véu preto, Povoado Gentil, Nossa Senhora das Dores, Sergipe, 2002, impressão de gelatina e prata / Sr. Juvenal Perera, então com 78 anos, “Decurião” (líder) do grupo de penitentes da cidade de Frei Paulo, Sergipe, vestindo sua mortalha antes de anoitecer e iniciarem os “trabalhos” (longas caminhadas, ladainhas e cânticos em favor das almas “presas” no Purgatório) que entram pela madrugada, 2002, impressão de gelatina e prata)
Links: (Fotografia documental / http://guyveloso.wordpress.com/ ).
Fotografias gentilmente cedidas. Todos os direitos reservados a Guy Veloso.
O trabalho de Guy Veloso começa por investigar as mais diversas manifestações de fé e de fanatismo religioso. Desde o início foi um exercício constante para encontrar o meio de expressão. As artes plásticas lhe deram uma visão considerável da cultura popular brasileira. A busca pessoal pelo místico, o transcendente, o caminho de sua temática: "Penso que quanto mais conhecer o assunto, melhor a minha interação com o objeto fotografado. Quero chegar mais perto e possível dos personagens de minhas fotos, porém, com respeito, sem “invadir” o espaço da pessoa ou mesmo atrapalhar as cerimônias". A captação das imagens, iniciada em 1998 - feita exclusivamente com câmeras analógicas -, envolve um complexo estudo prévio e exaustivas negociações com grupos religiosos fechados ou até mesmo de caráter secreto (alguns foram pela primeira vez documentados). Registrando na própria luz natural de cada lugar a matéria impressionante de seu trabalho: "A diversidade da cultura de um país imenso, riquíssimo e tão carente. A cada viagem, a cada pesquisa me surpreendo com um povo criativo e resistente. E com a pouca valorização ou desconhecimento desta cultura, vem sempre à memória (como cito no catálogo da exposição “Entre a Fé e a Febre”) um trecho da música de Maurício Tapajós e Aldir Blanc: “O ‘Brazil’ não conhece o Brasil. O ‘Brazil’ nunca foi ao Brasil". A sua fotografia é o efeito, em seu desejo, de descobrir o "outro". Muito de acordo com o que vem acontecendo em sua carreira, Guy Veloso é convidado a expor parte de seu ensaio "Penitentes" na 29ª Bienal de São Paulo.
Fotos: © Guy Veloso (Moças se preparam secretamente para a “Procissão do Madeiro”, ritual em que, ora iniciado, são obrigadas a esconder o rosto com véu preto, Povoado Gentil, Nossa Senhora das Dores, Sergipe, 2002, impressão de gelatina e prata / Sr. Juvenal Perera, então com 78 anos, “Decurião” (líder) do grupo de penitentes da cidade de Frei Paulo, Sergipe, vestindo sua mortalha antes de anoitecer e iniciarem os “trabalhos” (longas caminhadas, ladainhas e cânticos em favor das almas “presas” no Purgatório) que entram pela madrugada, 2002, impressão de gelatina e prata)
Links: (Fotografia documental / http://guyveloso.wordpress.com/ ).
Fotografias gentilmente cedidas. Todos os direitos reservados a Guy Veloso.
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