domingo, 27 de março de 2011

Graffiti de New York

Ao encontrar o vídeo com o depoimento de Jon Naar, resolvi publicar um segundo post sobre o livro Graffiti de New-York (Editions du Chêne, Paris, 1974), com fotografias de Naar, design de Mervyn Kurlansky (Pentagram) e texto de Norman Mailer (La religion des graffiti). Um documentário e uma reflexão profunda sobre a cultura underground que se espalhou pela cidade de Nova York, algo que parecia fora da história americana, escondida por baixo da pintura dos carros, dos muros, do metrô, e inevitavelmente escoou para fora da superfície das coisas. Tudo começou quando um jovem do bairro de Upper West Side decidiu desenhar sua "marca" Taki 183, seu nome e o número da rua em que ele vivia. Em pouco tempo, surgiram os primeiros grupos de grafiteiros em Manhattan. O florescimento do grafite não foi um ato de rebeldia de gangues e sim de expressão de uma comunidade baseada na ideia de que "a liberdade não é algo que temos, mas algo que somos". Caminhando pelas ruas, Jon Naar e o grafiteiro A-I avistaram uma placa: "Não à poluição – mantenha sua cidade limpa". O que eles não veem, disse o fotógrafo, é que esta placa também ela é um tipo de poluição. Publicado em edição francesa e norte-americana (The faith of graffiti, Alskog Inc / Praeger Publisher, Nova York), nas contracapas são listados os nomes dos artistas grafiteiros, são centenas de pseudônimos, e o agradecimento: "Sem eles este livro não poderia ser realizado". Capa / Foto: © Jon Naar / Link: (Vimeo / Stussy / Jon Naar)

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