sexta-feira, 22 de abril de 2011

The Family of Man: exposição e coleção de fotografias


Mais do que qualquer outro acontecimento na história da fotografia, a exposição que Edward Steichen organizou em 1955, The Family of Man (A Família do Homem), para o MoMA, popularizou a fotografia em âmbito mundial; o mundo do museu, porém, considerou suspeita a efusiva reação popular (o tom da exposição era altamente sentimental), e durante a maior parte do tempo manteve uma política de portas fechadas, no que se referia à arte da fotografia. A galerista Helen Gee (Limelight Gallery), pioneira no projeto de venda de fotografia, argumentou: "Steichen literalmente colocou a fotografia no mapa. No entanto, por incrível que pareça, foi exatamente o sucesso de The Family of Man que desvalorizou a plena consecução de Steichen. Ao longo dos anos, ele mostrou fotógrafos tão disparatados quanto Harry Callahan, Henri Cartier-Bresson, Walker Evans, Eliot Porter, Paul Strand e figuras históricas como Stieglitz, Lewis Carroll e Julia Margaret Cameron". A inovação do cenário da fotografia tornou-a acessível e os colecionadores começaram a comprar. Até mesmo as fotos dos mestres estavam ao seu alcance. Pelo preço de compra equivalente a de um quadro de um jovem artista era possível comprar trinta cópias de um renomado fotógrafo, (fotos de Robert Frank por US$ 20 cada cópia). Em todo país começaram a surgir pequenas galerias, seguindo os altos e baixos vivenciados pelas maiores galerias em Nova York, e a fotografia seria a primeira técnica a anunciar a aproximação de uma crise no ambiente artístico, intervindo profundamente na mudança do antigo conceito de "arte".
(ICP, A fotografia norte-americana dos anos sessenta e setenta, 1982).
Reproduções / Fotos: © Eugene Harris (Design Leo Lionni) e © Gotthard Schuh (Design Josef Müller-Brockmann)

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