O ciclo de ditaduras da América Latina nos anos 60 e 70, e as consequências da repressão política ainda não foram totalmente descobertas. Depois da redemocratização de Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil foi revelada a Operação Condor, plano de ação entre militares destes países para eliminar opositores políticos. Desde o final de 2005, o fotojornalista português João Pina vem documentando os resquícios da ditadura militar com o objetivo de criar um livro. Pina está na reta final deste longo e ambicioso projeto, faltando para isso vir ao Brasil, fotografar várias pessoas e lugares no Rio de Janeiro e São Paulo, a região do Araguaia onde esteve instalada a guerrilha e também voltar à região do nordeste brasileiro, onde tanta gente sofreu com a repressão. Histórias que recebem pouca atenção na imprensa. Para tornar isso possível e captar fundos para cobrir apenas as despesas com o trabalho, João Pina decidiu associar-se a uma nova plataforma de "crowd funding" chamada Emphas.is que trabalha exclusivamente para tentar dar visibilidade aos projetos para que os fotógrafos continuem a fazer fotojornalismo e fotografia documental de profundidade. Para participar basta doar qualquer quantia a partir de 10 dólares (16 reais), e divulgar este trabalho junto às instituições governamentais ou não governamentais, blogs, jornalistas, ou pessoas que possam estar interessadas em associarem-se a este projeto.
Foto: © João Pina (antigo centro de detenção e tortura em Buenos Aires)
Fotografia gentilmente cedida. Todos os direitos reservados a João Pina.
4 comentários:
WOW! I really love the mood of this photo. So dark! Highlights are amazing.
Hi Z,
Please share this project.
O João já fez um trabalho semelhante em portugal, com rostos da luta contra a ditadura e os espaços onde sofreram a repressão.
A memória nunca deve ser apagada.
Sim, o livro "Por teu livre pensamento" (fotos e entrevistas).
Há um projeto encaminhado para apurar crimes da ditadura "A Comissão da verdade". Não acredito que alguém seja punido. Nessa discussão, o mais importante é a reconstituição dos fatos.
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