quinta-feira, 28 de maio de 2009

"Aldeia global"


(...) "O canadense Marshall McLuhan, partindo de uma análise de anúncios em 1958, desenvolveu sua idéia de que "o meio é a mensagem". Ele afirmava que "as sociedades sempre foram moldadas mais pela natureza do meio pelo qual os homens se comunicavam do que pelo conteúdo da comunicação". Segundo McLuhan, a tradição de composição tipográfica, iniciada por Gutenberg, pertencia a uma era quase defunta, a era da mecânica. Essa técnica, sugeriu ele, induziu o homem a certos padrões de pensamento que estimularam a especialização e a alienação; a nova "tecnologia eletrônica" faria de todos nós membros da "aldeia global". McLuhan reconhecera a intercessão entre tecnologia e a mudança política. Embora os designers sempre tivessem percebido que havia mais coisas na comunicação além de seu conteúdo óbvio, eles só agora começavam a se dar conta dos efeitos provocados pelas mudanças técnicas. A fotografia foi uma inovação fundamental, primeiro como meio de geração de imagens (no início em preto e branco e agora também em cores); segundo, como meio de composição, permitindo o espacejamento de letras." Richard Hollis (Design Gráfico, uma história concisa, tradução Carlos Daut, Martins Fontes, 2001). "Muitas pessoas já indicaram que a revolução do computador é maior que a da roda em seu poder de remodelar a visão humana. Enquanto a roda é uma extensão do pé, o computador dá-nos o mundo onde a mão do homem jamais pôs o pé." Marshall McLuhan e Quentin Fiore (Guerra e paz na aldeia global, tradução Ivan Pedro de Martins, Record, 1971).
Fotos: © Peter Moore

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