"O senhor gostava de dizer que cada momento do tempo contém o passado e o futuro, citando (se bem me lembro) o poeta Browning, que escreveu algo assim como "o presente é o instante no qual o futuro se derruba no passado." Susan Sontag (em Uma carta para Borges, Tradução Frederico Füllgraf, 1996). "Borges tinha um sentido de tempo diferente do das demais pessoas, escreve Susan. Lorca me disse que suas fotografias não mentem. Que o olhar é o responsável por tudo. Lorca nunca foi capaz de negar: seguiu os passos da cidade e seus reflexos sob a chuva. Coisas que fotografia alguma terá a capacidade de esquecer. A noção de tempo, o passado, o futuro. Essas coisas que tocamos com os olhos porque com as mãos serão marcas e digitais." (Diógenes Moura, German Lorca, Fotografia como memória, 2006).
Foto: © German Lorca (Rua Barão de Itapetinga, São Paulo, c.1952)
Um comentário:
Um fotografo português, chamado Gerard Castelo Lopes, dizia uma vez numa entrevista que "a fotografia é o registo da morte no seu trabalho".
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