Adriana Groisman estudou fotografia no International Center of Photography em Nova York. Começou a trabalhar como fotojornalista para as revistas Perfil, Atlantida e em 1993 foi correspondente do jornal Clarín. Suas fotos são publicadas nas revistas Aperture, Newsweek, Times magazine, Black and White, entre outras. Groisman passou mais de quinze anos a fotografar este mundo íntimo da dança portenha de dois tempos. Originalmente, o tango não foi uma música popular, nasceu nos bordéis por volta de 1883, mas depois do sucesso em Paris (1977), o povo de Buenos Aires o aceitou. O escritor Jorge Luis Borges não compreendia por que motivo eles, argentinos, se sentiam representados pelo tango, algo que ele considerava um mistério. Quando esteve na Europa, de visita à casa de um professor paraguaio que tinha discos de tango, Borges reclamou da música. E enquanto reclamava, sentiu as lágrimas rolando pelo rosto: "É natural, eu estava longe da pátria e, boa ou má, essa música era a pátria nesse momento." Adriana Groisman nasceu em Buenos Aires, vive em Nova York e viaja com freqüência à Argentina. Até hoje se vinculam estas duas ideias, tango e Buenos Aires.
Carlos R. Stortini (Dicionário de Borges, Tradução Vera Mourão, © Editora Bertrand Brasil, 1990).
Foto: © Adriana Groisman (http://www.adrianagroisman.com/)
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