domingo, 3 de julho de 2011

Linha do tempo: 1971



Fatos que ocorreram em 1971: Fundada a organização humanitária Médicos sem Fronteiras. Guerra civil no Paquistão. Proclamada a República de Bangladesh, epidemia de cólera no país. Morre o compositor Igor Stravinsky. O Congo passou a se chamar Zaire. Sequestro e desaparecimento do deputado Rubens Paiva pela ditadura militar, no Rio de Janeiro. NASA lança missão Apollo 15. Independência do Qatar. Invenção do microprocessador. Morre o trompetista norte-americano Louis Armstrong. Assinado tratado de amizade entre India e União Soviética. Entrada da China Popular na ONU. Passeata contra a guerra do Vietnã, em Washington D.C.. Independência dos Emirados Árabes. Chico Buarque compõe a canção Construção. Para driblar a censura, Chico inventou o personagem Julinho da Adelaide para que censores aprovassem distraidamente as músicas deste compositor que não conheciam. Em Uganda, Idi Amin Dada lidera golpe de Estado e assume o poder. Na França, a revista Le Nouvel Observateur publica o Manifesto 343, em favor do aborto e pela difusão dos métodos contraceptivos. Morte de Jim Morrison, integrante do grupo The Doors. Lançamento do álbum dos Rolling Stones Sticky Fingers, com capa de Andy Warhol. Leonard Freed fotografa durante protesto em Londonderry, no confronto entre exército britânico e militantes do IRA, centenas de casas foram incendiadas. O ex-capitão Carlos Lamarca, líder do grupo guerrilheiro MR8, é morto pelo exército na Bahia. O cineasta Glauber Rocha apresenta o Manifesto Estética do Sonho, na Universidade Columbia, em Nova York: "O sonho é o único direito que não se pode proibir."
(Chico Buarque, o tempo e o artista. Regina Zappa, Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, 2004)
Fotos: © Alécio de Andrade (Glauber Rocha, Paris, 1971 / Acervo IMS e © Leonard Freed / Magnum Photos (Mulheres católicas protestam em Londonderry, Irlanda do Norte, 1971)

5 comentários:

Luis Eme disse...

um ano de grandes mudanças, como quase todos dos anos setenta...

Meg Rodrigues disse...

Não sei explicar porque inventei de publicar posts com lista dos fatos históricos. Algo, em todo caso, difícil de interromper, gostei e resta ainda muito que pesquisar.
Descobri personalidades interessantes, Luis. Por exemplo, o poeta e político português Manuel Alegre (Revolução dos Cravos).
"No meu país há uma palavra proibida.
Mil vezes a prenderam.
Mil vezes cresceu."

ANTONIO NAHUD disse...

Gostei do blog. Bem bacana.
Cumprimentos cinéfilos!

O Falcão Maltês

Nuno Sousa disse...

O lado poético dele, a par da sua militância por valores fundamentais da dignidade humana, são o seu lado mais admirável. A politica e simples luta pelo poder acabou por corromper esse lado onírico dele.

Meg Rodrigues disse...

Lê e Antonio,

Obrigada pela visita e comentários.

Oi,Nuno

Sobre política e poder, uma reflexão de Ernesto Sabato: "Não se pode lutar durante anos com um inimigo poderoso sem acabar um pouco parecido com ele."
No caso dele (Manuel Alegre), você poderia responder melhor do que eu.