terça-feira, 15 de julho de 2008

Hippolyte Bayard

"Hippolyte Bayard (1801-1887) deu início às pesquisas, e com sucesso, nos primeiros meses de 1839, sem dúvida alertado pelas novidades do daguerreótipo, Bayard deve ser reconhecido como um destes inventores divergentes da fotografia. Porque, desconhecendo o que já havia realizado, ele faz proposições pessoais que serão menosprezadas por Arago e Biot, a quem ele as havia mostrado. Se podemos compreender que estes dois estavam muito mais interessados pelos resultados do daguerreótipo, nem por isso os positivos diretos de Bayard são uma via destinada a ficar "sem futuro". As imagens têm a particularidade de ser obtidas sem intermediário, diretamente na câmara escura, a partir de um papel de sais de prata previamente escurecido que vai clarear nas zonas que receberem a luz. Essa idéia reaparece na Polaroid e ela talvez só tenha sido deixada de lado por negligência. Em 1840, Bayard desiludido, abandona ele próprio sua idéia, para se dedicar aos processos de Daguerre e de Talbot." © Michel Frizot
Foto: © Hippolyte Bayard

4 comentários:

Anônimo disse...

monsieur bayard, le magicien !!

Meg Rodrigues disse...

Oi, le magicien! L'évolution e les contradictions. Avec des règles étranges, un orde précis, cruel, à la limite du crédible.

Obrigada,
um abraço

Anônimo disse...

l'image est comme un cadavre : la seconde d'après elle n'existe plus...la photo c'est..la mort de l'instant ! buààà

Meg Rodrigues disse...

Ô Vertigem,

Você sabe das coisas, hein.
Na própria França, Hippolyte Bayard, alguns meses depois desse dia histórico, divulga uma espécie de protesto fotográfico. Exatamente a foto que aparece no post. Um auto-retrato em que Bayard aparecia como se tivesse cometido suicídio, de olhos fechados.A legenda, como se fosse a carta do suicida, protesta:

O cadáver visto aqui é o de M. Bayard, inventor do processo que acabou de ser mostrado a vocês. Até onde sei o incansável experimentador tinha estado, por cerca de três anos, ocupado com sua descoberta. O governo, que por um lado tem sido muito generoso com o Senhor Daguerre, disse que nada poderia ser feito em prol do Senhor Bayard; assim o pobre desgraçado afogou-se... ou seja buààà!
Um abraço