O livro Kodak, de Blaise Cendrars, pseudônimo de Frédéric Louis Sauser (1887-1961), escritor de origem suíça, foi publicado em 1924, com poemas elaborados no processo de revelação da realidade e instantaneidade da imagem fotográfica. Após a publicação do livro, Cendrars recebeu da Kodak uma carta de protesto. Primeiramente, Cendrars pensou em substituir o título Kodak por Pathé Baby, mas acabou desistindo, temendo que a poderosa Kodak, empresa com capital de não sei quantos milhões de dólares o acusasse de concorrência desleal por apelar à mesma audiência. O livro foi re-intitulado para Documentaires. Cendrars desenvolveu um sistema poético de subjetivização da realidade cujas características são o ilogismo, humor e o antiintelectualismo, portanto, poesia não é um título de um livro. Blaise Cendrars esteve no Brasil em 1924 para uma conferência em São Paulo. Escritor de espírito estimulante do Movimento Modernista, muito ligado a Paulo Prado, Tarsila do Amaral e por algum tempo, a Oswald de Andrade.
Foto: © Irving Penn (Blaise Cendrars e sua esposa, 1950)
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